Tarifa do Brasil contra EUA será “devastadora” para setor de TIC, alerta empresário
- Mega Fato
- 16 de jul.
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Resumo
O presidente da Elea alerta sobre o impacto das tarifas nas relações entre Brasil e EUA, principalmente para o setor de data centers.
Produtos como CPUs e GPUs, essenciais para a inteligência artificial, são majoritariamente importados dos Estados Unidos.
Aumento de taxas pode afetar a competitividade do Brasil no mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
O presidente da Elea Data Centers observa com cautela o vaivém de tarifas na relação entre Estados Unidos e Brasil. Na situação atual, os americanos preveem a cobrança de 50% sobre produtos enviados para lá. Já o governo brasileiro pode acionar a Lei de Reciprocidade e também aplicar taxas aos produtos americanos que entram no país. Isso teria um efeito “devastador” para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), de acordo com o empresário.
Alessandro Lombardi nos explicou que os data centers dependem fortemente de equipamentos fabricados nos Estados Unidos, como as CPUs e GPUs, tão importantes no cenário que se desenha de inteligência artificial em tudo.
Cerca de 92% dos equipamentos adquiridos para a expansão de centros de processamento de dados no Brasil são provenientes dos Estados Unidos. Ainda segundo Lombardi, hoje, já os taxamos com uma alíquota superior a 50%. Ampliar este percentual pode tornar impraticável a compra de mais produtos de TIC.
O empresário avalia que é preciso reduzir a carga tributária para que o país participe da revolução tecnológica que acontece no mundo. Não o contrário. Ele conversou com o Tecnoblog durante a CPDP LatAm 2025, congresso sobre governança de dados, privacidade e tecnologia que ocorre até sexta-feira na FGV Direito Rio, no Rio de Janeiro.
Eu perguntei a Lombardi se outros fornecedores poderiam tomar o lugar dos Estados Unidos na entrega de placas, circuitos e demais produtos tecnológicos utilizados na construção de data centers. Sim, é tecnicamente possível, segundo o empresário, mas essa transição levaria pelo menos seis anos, na avaliação dele. Tempo demais para uma transformação que se acelerou nos últimos dois.







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