Reviravolta no Mundial: times brasileiros humilham clubes europeus nos EUA
- Mega Fato
- 24 de jun.
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A Copa do Mundo de Clubes de 2025, realizada na Filadélfia, Estados Unidos, começou com uma reviravolta histórica: os gigantes europeus, favoritos absolutos, foram surpreendidos por clubes sul-americanos, especialmente brasileiros, que eliminaram times como Atlético de Madri e Porto na fase de grupos. Em sete confrontos diretos, os europeus venceram apenas duas vezes, expondo fragilidades inesperadas e reacendendo o debate sobre o equilíbrio no futebol global. Realizado em junho de 2025, o torneio pegou os europeus no fim de uma longa temporada, enquanto os sul-americanos, em meio a seus campeonatos, mostraram preparo físico e mental superiores. O Botafogo, por exemplo, superou o Atlético de Madri, enquanto o Flamengo humilhou o Chelsea com um placar de 3 a 1. Essa zebra monumental desafia a narrativa de supremacia europeia e destaca a força do futebol sul-americano.
A competição, organizada pela Fifa, trouxe um formato expandido, com 32 equipes de todos os continentes, e prometia ser um palco para os clubes europeus brilharem. No entanto, o roteiro mudou drasticamente. O calor do verão norte-americano, aliado a um calendário exaustivo, foi apontado por alguns técnicos europeus como fator determinante, mas os sul-americanos rejeitaram essa justificativa, apontando sua própria preparação rigorosa.
Principais destaques do torneio até agora:
Botafogo eliminou Atlético de Madri e avançou com PSG no Grupo B.
Flamengo venceu Chelsea por 3 a 1, com atuação de gala.
Porto caiu na fase de grupos, algo inédito para um clube de sua tradição.
Sul-americanos venceram cinco de sete jogos contra europeus.
PREPARAÇÃO SUL-AMERICANA FAZ A DIFERENÇA
Os clubes brasileiros, como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, chegaram ao Mundial de Clubes com uma mentalidade de decisão em cada partida. Apesar de enfrentarem calendários igualmente lotados — com mais de 70 jogos no último ano, superando até os europeus —, os times sul-americanos mostraram maior intensidade em campo. O técnico do Flamengo, Filipe Luís, que já jogou na Europa, destacou a abordagem de seus jogadores. Cada partida foi encarada como uma final, o que contrastou com a postura de alguns clubes europeus, que pareciam subestimar os adversários.
Filipe Luís, ex-jogador do Atlético de Madri, trouxe sua experiência europeia para o comando do Flamengo. Sua estratégia foi clara: neutralizar o jogo físico do Chelsea e explorar a velocidade dos atacantes brasileiros. O resultado foi uma vitória convincente, com gols que expuseram falhas defensivas do clube inglês.
O Botafogo, por sua vez, enfrentou um Atlético de Madri desgastado, mas não se intimidou. Com 18 partidas a mais que os espanhóis no último ano, os cariocas ainda assim dominaram o jogo, garantindo a classificação ao lado do Paris Saint-Germain. Essa resiliência desafia a narrativa de cansaço usada por alguns técnicos europeus.
NARRATIVA DO CANSAÇO EUROPEU É QUESTIONADA
Diego Simeone, técnico do Atlético de Madri, atribuiu a eliminação de sua equipe ao fim de uma temporada extenuante na Europa. O argumento, porém, foi rapidamente rebatido por sul-americanos. Zico, ícone do futebol brasileiro, criticou a postura dos europeus, lembrando que, no passado, os clubes sul-americanos enfrentavam condições adversas em Mundiais disputados em dezembro, sem reclamações.
Os números reforçam a crítica. Os quatro clubes brasileiros no torneio — Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras — disputaram mais jogos que a maioria dos europeus no último ano. O Botafogo, por exemplo, acumulou 78 partidas, contra 60 do Atlético de Madri. Mesmo assim, os brasileiros mostraram maior preparo físico e tático, o que sugere que a diferença está mais na mentalidade do que no calendário.
Fatores que contrariam a narrativa do cansaço:
Clubes brasileiros jogaram até 18 partidas a mais que europeus no último ano.
Sul-americanos tiveram apenas um mês de descanso antes do torneio.
Brasileiros mantiveram alta intensidade, mesmo sob calor norte-americano.
Europeus, como PSG e Juventus, negaram sinais de fadiga em suas equipes.
FORMATO DO TORNEIO AMPLIA COMPETITIVIDADE
A Copa do Mundo de Clubes de 2025 trouxe um formato inovador, com 32 equipes divididas em oito grupos, o que aumentou o número de confrontos entre clubes de diferentes continentes. Diferentemente das edições anteriores, disputadas em dezembro com menos participantes, o novo modelo exige mais resistência e planejamento. A competição, realizada em estádios norte-americanos, também enfrentou críticas por causa do calor, mas os sul-americanos se adaptaram melhor às condições.
O técnico do PSG, Luis Enrique, elogiou o torneio, mesmo após a derrota de sua equipe para o Botafogo. Para ele, a competição celebra a diversidade do futebol mundial, permitindo que clubes menos badalados mostrem seu valor. A eliminação de gigantes como Atlético de Madri e Porto na fase de grupos reforça essa visão, mostrando que o favoritismo europeu não é mais uma garantia de sucesso.
REAÇÕES DOS TÉCNICOS EUROPEUS VARIAM
Nem todos os treinadores europeus recorreram à desculpa do cansaço. Igor Tudor, da Juventus, afirmou que sua equipe não apresentou sinais de desgaste, apesar de uma campanha irregular. O técnico croata destacou a qualidade dos adversários sul-americanos, que surpreenderam pela organização tática e pela agressividade em campo.
Já Diego Simeone, do Atlético de Madri, insistiu na questão do calendário. Ele apontou que o torneio, disputado no final da temporada europeia, colocou seus jogadores em desvantagem. A crítica, no entanto, foi vista como uma tentativa de justificar a má atuação de sua equipe, que não conseguiu impor seu estilo de jogo contra o Botafogo.
HISTÓRICO DE ZEBRAS NO MUNDIAL DE CLUBES
A edição de 2025 não é a primeira a registrar surpresas. Em 2010, o Mazembe, da República Democrática do Congo, eliminou o Internacional na semifinal, marcando a primeira vez que um clube africano chegou à final. Em 2006, o mesmo Internacional venceu o Barcelona, então favorito absoluto, na decisão. Essas zebras mostram que o futebol global sempre reservou espaço para resultados inesperados.
Os clubes sul-americanos, em especial os brasileiros, têm tradição de desafiar os europeus. Desde a criação do Mundial de Clubes em seu formato moderno, em 2000, os brasileiros conquistaram o título em quatro ocasiões, com destaque para o Corinthians em 2000 e 2012. A performance de 2025 reforça essa competitividade.
Momentos marcantes de zebras no Mundial:
2010: Mazembe elimina Internacional na semifinal.
2006: Internacional derrota Barcelona na final.
2005: São Paulo vence Liverpool por 1 a 0.
2025: Botafogo e Flamengo eliminam gigantes europeus na fase de grupos.
CALENDÁRIO SOBRECARREGADO GERA DEBATE
A eliminação precoce de clubes europeus reacendeu o debate sobre o calendário do futebol mundial. O sindicato FIFPro, que representa jogadores na Europa, já acionou a Fifa na justiça, alegando que o acúmulo de jogos prejudica a saúde dos atletas. A realização do Mundial em junho, logo após o fim das ligas europeias, intensificou as críticas.
Por outro lado, os clubes sul-americanos enfrentam um problema semelhante. No Brasil, os estaduais, a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Libertadores criam uma maratona de jogos que não dá trégua. Ainda assim, os brasileiros chegaram ao Mundial com gás total, o que sugere que a preparação mental e tática foi decisiva.
PAPEL DO CALOR NORTE-AMERICANO
O verão nos Estados Unidos, com temperaturas acima de 30°C, foi apontado como um desafio extra. Os jogos, disputados em estádios como o Lincoln Financial Field, na Filadélfia, exigiram adaptação das equipes. Enquanto os europeus reclamaram do clima, os sul-americanos, acostumados a condições semelhantes em seus países, tiraram proveito.
O Flamengo, por exemplo, usou a velocidade de seus pontas para explorar a lentidão do Chelsea, que sofreu com a umidade. O Botafogo, por sua vez, impôs um ritmo intenso contra o Atlético de Madri, que não conseguiu acompanhar. A adaptação ao clima se tornou um diferencial tático para os sul-americanos.
FORÇA DO FUTEBOL BRASILEIRO EM DESTAQUE
Os quatro clubes brasileiros — Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras — chegaram ao Mundial com elencos reforçados e estratégias bem definidas. O Botafogo, liderado por um esquema tático sólido, surpreendeu pela consistência defensiva. O Flamengo, com seu ataque avassalador, confirmou o favoritismo entre os sul-americanos.
Fluminense e Palmeiras também avançaram em seus grupos, consolidando a supremacia brasileira no torneio. A combinação de talento individual, como os dribles de Savinho, do Botafogo, e a experiência de técnicos como Filipe Luís, colocou o Brasil no centro das atenções.
Destaques brasileiros no Mundial:
Flamengo: vitória por 3 a 1 sobre o Chelsea.
Botafogo: classificação à custa do Atlético de Madri.
Fluminense: campanha sólida na fase de grupos.
Palmeiras: avançou com vitórias convincentes.
EXPECTATIVAS PARA AS PRÓXIMAS FASES
Com a eliminação de clubes como Atlético de Madri e Porto, o caminho para os sul-americanos parece mais aberto, mas adversários como PSG e Juventus ainda representam ameaças. O Botafogo enfrentará desafios maiores nas fases eliminatórias, enquanto o Flamengo, embalado, é apontado como um dos favoritos ao título.
O torneio, que segue até julho de 2025, promete mais emoções. A força dos clubes brasileiros, aliada à imprevisibilidade do formato, mantém o Mundial de Clubes como um dos eventos mais disputados do futebol mundial.







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