Prisão na Amazônia é inspirada em regime antimáfia e terá anexo para radicais: veja imagens do projeto de segurança máxima da França
- Mega Fato
- 20 de mai.
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A unidade será inaugurada em 2028 no seu território ultramarino da Guiana Francesa, o que gerou protestos entre moradores e autoridades locais.

O anúncio da construção de um anexo de segurança máxima para traficantes e radicais islâmicos na parte amazônica da Guiana Francesa gerou protestos entre moradores e autoridades locais.
A construção do presídio no território ultramarino está prevista desde 2017 e prevê 500 vagas para resolver a superlotação carcerária em Rémire-Montjoly, perto da capital. Mas a instalação não tinha objetivo de receber prisioneiros de segurança máxima da França continental.
Segundo o ministro da Justiça Francês, a unidade será inaugurada em 2028, no município de Saint-Laurent-du-Maroni. O anexo de segurança máxima deve ter 60 vagas, 15 reservadas a condenados por radicalismo islâmico.
De acordo com o Le Parisian, o regime é inspirado nas leis antimáfia italianas, com isolamento muito rigoroso, visitas extremamente limitadas, buscas permanentes, vigilância eletrônica 24 horas. Ainda segundo o veículo, o prédio seja equipado com bloqueadores de celulares e drones.
Segundo o ministro, a localização isolada da prisão na selva amazônica "servirá para isolar permanentemente os chefes das redes de tráfico de drogas" de suas redes criminosas.
Veja, a seguir, as imagens da planta 3D divulgadas pelo Ministério da Justiça:



Prisão em antiga colônia penal
A Guiana Francesa é o território francês com o maior índice de criminalidade proporcional à população, com um recorde de 20,6 homicídios por 100 mil habitantes em 2023 — quase 14 vezes a média nacional.
Já Saint-Laurent-du-Maroni é um ponto estratégico devido à proximidade com Suriname e o Brasil. De lá, muitos passageiros tentam embarcar voos para o aeroporto de Orly, em Paris, transportando cocaína — seja na bagagem, seja dentro do corpo.
O município também foi o local do notório Campo Penal de Saint-Laurent-du-Maroni, uma colônia penal que operou do meio do século 19 até meados do século 20. A região abrigou prisioneiros políticos franceses emblemáticos, muitos levados para a Ilha do Diabo.
A prisão funcionou por um século e foi retratada no best-seller francês Papillon, posteriormente adaptado para dois filmes.








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