Previsões econômicas para o Brasil em 2025 indicam desaceleração e desafios fiscais

As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 refletem um cenário de moderação econômica, influenciado por fatores internos e externos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua estimativa de crescimento para 2,1%, citando o impacto de juros elevados e tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, especialmente sobre exportações de aço e alumínio .​

Além disso, a OCDE prevê um aumento da inflação no Brasil, estimando que ela alcance 5,4% em 2025, acima dos 4,4% registrados no ano anterior. Esse cenário pode levar o Banco Central a manter ou até elevar a taxa básica de juros para conter a pressão inflacionária .​

Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve sua projeção de crescimento para o Brasil em 2,2% para 2025, destacando que a economia brasileira apresentou um desempenho robusto em 2024, com expansão de 3,7%. O FMI atribui essa performance positiva à recuperação do consumo interno e ao aumento da produção de petróleo e derivados .​

O cenário global também influencia as perspectivas econômicas do Brasil. A guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a imposição de tarifas sobre produtos de países como México e Canadá, tem gerado incertezas e afetado as cadeias de suprimentos internacionais.

A OCDE alerta que essas tensões comerciais podem reduzir o crescimento global e aumentar a inflação, impactando economias emergentes como a brasileira.

Diante desse panorama, o governo brasileiro enfrenta o desafio de equilibrar políticas fiscais e monetárias para sustentar o crescimento econômico, controlar a inflação e manter a confiança dos investidores. 

A continuidade das reformas estruturais e a busca por maior integração comercial podem ser caminhos para fortalecer a economia nacional em meio às adversidades do cenário internacional.