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Pesquisa: 7 em cada 10 LGBT+ desistem de vagas por temer cultura da empresa

  • Mega Fato
  • 27 de jun.
  • 3 min de leitura

De acordo com os dados do Infojobs, 72,7% desses profissionais já sofreram algum tipo de preconceito no trabalho, de forma direta ou indireta


Levantamento do Infojobs mostra que 70% já desistiram de oportunidades por falta de segurança  • ESTADÃO CONTEÚDO
Levantamento do Infojobs mostra que 70% já desistiram de oportunidades por falta de segurança  • ESTADÃO CONTEÚDO

Em um cenário de retração nas ações de diversidade, profissionais LGBTQIAPN+ seguem enfrentando desafios estruturais para acessar e se manter no mercado de trabalho.


Segundo levantamento do Infojobs, sete em cada dez profissionais da comunidade já deixaram de se candidatar ou pensaram em desistir de uma vaga por não se sentirem seguros com a cultura da empresa.


A pesquisa, realizada em 2025 com mais de 800 profissionais, evidencia os entraves que ainda marcam a trajetória de pessoas LGBTQIAPN+ no ambiente profissional.


De acordo com os dados, 72,7% desses profissionais já sofreram algum tipo de preconceito no trabalho, de forma direta ou indireta. Entre as vítimas, 64% relataram que as situações de discriminação ocorreram mais de uma vez, impactando tanto o desempenho quanto a permanência nas empresas.


Além disso, 51% dos participantes afirmaram perceber um retrocesso nas políticas de diversidade dentro e fora das organizações neste ano.


Para Ana Paula Prado, CEO do Grupo Redarbor Brasil, detentor do Infojobs, o dado revela uma realidade preocupante.


“Nossa pesquisa mostra a falta de espaço para profissionais LGBTQIAPN+ no mercado atual — seja na conquista de um emprego, no dia a dia ou nas oportunidades de crescimento. O que vemos é a diminuição das iniciativas de diversidade.”


O impacto desse cenário vai além da exclusão formal. Segundo o levantamento, 60,5% dos profissionais LGBTQIAPN+ se sentem mais seguros trabalhando sozinhos do que em equipe ou em espaços compartilhados.


“O isolamento, infelizmente, torna-se uma estratégia de proteção quando o ambiente não é acolhedor”, analisa Ana Paula.


Para ela, a integração entre equipes e o sentimento de pertencimento são fundamentais para o desenvolvimento profissional, exigindo comprometimento tanto da liderança quanto dos colaboradores.


A falta de iniciativas estruturadas reforça esse sentimento de exclusão. Entre os entrevistados, 56% afirmaram que as empresas onde trabalham ou já trabalharam nunca implementaram ações afirmativas de diversidade, e 66% disseram que não receberam nenhum tipo de treinamento sobre inclusão.


Quando perguntados sobre representatividade, 44% declararam não conhecer nenhum profissional LGBTQIAPN+ que sirva de inspiração profissional. Outros 14% citaram conhecer apenas um.


Outros estudos confirmam esse cenário. Levantamento da consultoria Mais Diversidade, em parceria com o Instituto Ethos, mostra que 54% das empresas brasileiras têm políticas voltadas à inclusão de pessoas LGBTQIAPN+.


Já a pesquisa “Percepções sobre o Cenário LGBT+ no Ambiente de Trabalho”, feita em 2023 pela Blend Edu e pelo Fórum de Empresas e Direitos LGBT+, revelou que 34% dos profissionais LGBT+ sofreram discriminação no trabalho — mais um indicativo de um mercado ainda despreparado para garantir inclusão e desenvolvimento.


Para Tiago Santos, vice-presidente da Sesame RH, a falta de uma cultura organizacional genuinamente inclusiva impede que a diversidade se consolide na prática.


“Barreiras institucionais e culturais seguem impedindo que a inclusão vá além do discurso. É preciso construir ambientes em que a diversidade seja vivida no dia a dia”, afirma.


A Sesame desenvolve uma rede social corporativa que promove a criação de espaços seguros, redes de apoio e grupos de afinidade, incentivando o diálogo sobre identidade, representatividade e equidade. A proposta é combater o isolamento e criar pontes reais para a inclusão.


Outro ponto enfatizado pela empresa é o uso estratégico de dados na gestão de pessoas. A análise de informações permite focar em desempenho, produtividade e potencial, reduzindo a influência de vieses inconscientes e contribuindo para

ambientes mais justos.


“Nossa rede social interna, a Comunidade, permite que colaboradores se expressem, construam vínculos e participem ativamente da criação de uma cultura mais inclusiva. Pertencimento não é um benefício — é uma base. Empresas que constroem sobre essa base se tornam mais humanas, fortes e sustentáveis”, finaliza Tiago Santos.



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