Lula é aconselhado a produzir conteúdo em defesa de IR e 6x1
- Mega Fato
- 7 de jul.
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Governo quer aproveitar engajamento da militância nas redes para pressionar tramitação das propostas no Congresso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado a participar de maneira direta da estratégia digital em defesa de pautas de justiça social.
No Palácio do Planalto, assessores do governo defendem que o petista grave vídeo para as redes sociais ou até mesmo defenda o assunto em pronunciamento em cadeia nacional.
O objetivo é pressionar pela tramitação de duas pautas: a mudança na tabela do IR (Imposto de Renda) e o fim da escala 6x1.
A primeira, ainda em comissão especial na Câmara dos Deputados, propõe a isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a taxação para quem ganha pelo menos R$ 50 mil por mês.
O relator, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que pode apresentar sua posição final ainda nesta semana. Ele alinhou o parecer da proposta, na semana passada, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A segunda pauta está em discussão com os líderes partidários. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tem capitaneado a articulação do texto que prevê o fim da escala 6x1. O objetivo é aprová-la ainda neste ano.
O presidente deve definir um posicionamento ainda nesta semana, após conversa com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A avaliação do governo federal é de que, pela primeira vez, o partido ganhou a narrativa nas redes sociais nas críticas ao Congresso Nacional. E que, por isso, a legenda deve aproveitar o momento para reforçar a produção de conteúdo, sobretudo especialistas em IA (Inteligência Artificial).
Nas últimas semanas, perfis de esquerda inundaram as redes sociais com críticas ao Congresso Nacional e com a defesa da taxação dos super ricos.
O aumento do engajamento da esquerda, alcançando perfis de centro, é hoje, na avaliação do Palácio do Planalto, a principal estratégia para tentar reduzir a impopularidade do governo Lula.
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