Galípolo: IOF não deve ser usado para políticas fiscal ou monetária
- Mega Fato
- há 4 dias
- 1 min de leitura
Ainda assim, presidente do BC defendeu parcimônia na análise do impacto da matéria

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reforçou nesta segunda-feira (2) que sempre foi contra o uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como parte de um ajuste fiscal.
Além disso, pontuou ser contra também o uso do tributo como um suporte para a política monetária e o controle da inflação.
“Eu sempre tive essa visão de que não deveria utilizar o IOF nem para questões arrecadatórias, nem para fazer algum tipo de apoio para a política monetária. É um imposto regulatório, como está bem definido”, disse Galípolo em evento promovido pelo Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP).
Do ponto de vista da elevação do IOF para operações cambiais, a autoridade monetária ressaltou o receio de que a medida soe como controle de capital.
Quanto à elevação do tributo para operações de crédito empresarial, Galípolo disse que “não é desejável que você tenha a escolha de uma linha ou de um produto em função de uma arbitragem tributária”.
O presidente do BC, porém, defendeu cautela por parte da autarquia antes de incorporar os impactos da medida nas suas projeções.
Comparando-se com os economistas e analistas do mercado financeiro, Galípolo avaliou que seria prejudicial se a autoridade monetária fizesse um “call rápido”, uma vez que a postura poderia agregar mais volatilidade ao cenário.
“A gente tende a consumir com mais parcimônia, aguardar o desenho final para entender de que maneira e quanto deve ser incorporado nas nossas projeções”, concluiu.
Comments