Brasil processa montadora chinesa BYD por condições 'análogas à escravidão'

Promotores brasileiros estão processando a gigante chinesa de veículos elétricos (VE) BYD e dois de seus contratados, alegando que eles são responsáveis ​​por tráfico de pessoas e condições "análogas à escravidão" em um canteiro de obras de uma fábrica no país.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia informou que 220 trabalhadores chineses foram resgatados após iniciar uma investigação em resposta a uma denúncia anônima.

O MPT pede R$ 257 milhões (US$ 45,5 milhões; £ 33,7 milhões) em indenização das três empresas.

A BYD não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da BBC, mas já havia dito que tem "tolerância zero para violações de direitos humanos e leis trabalhistas".

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Brasil processa montadora chinesa BYD por condições 'análogas à escravidão'

Promotores brasileiros estão processando a gigante chinesa de veículos elétricos (VE) BYD e dois de seus contratados, alegando que eles são responsáveis ​​por tráfico de pessoas e condições "análogas à escravidão" em um canteiro de obras de uma fábrica no país.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia informou que 220 trabalhadores chineses foram resgatados após iniciar uma investigação em resposta a uma denúncia anônima.

O MPT pede R$ 257 milhões (US$ 45,5 milhões; £ 33,7 milhões) em indenização das três empresas.

A BYD não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da BBC, mas já havia dito que tem "tolerância zero para violações de direitos humanos e leis trabalhistas".

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As autoridades interromperam a construção da usina no final do ano passado depois que trabalhadores foram encontrados vivendo em acomodações apertadas com "condições mínimas de conforto e higiene", disse o MPT.

Alguns trabalhadores dormiam em camas sem colchão e um banheiro era compartilhado por 31 pessoas, disse em um comunicado.

O MPT também alegou que funcionários da obra tiveram seus passaportes confiscados e estavam trabalhando sob "contratos de trabalho com cláusulas ilegais, jornada de trabalho exaustiva e sem descanso semanal".

Os promotores disseram que os trabalhadores tiveram até 70% de seus salários retidos e enfrentaram altos custos para rescindir seus contratos.

"Condições análogas à escravidão", conforme definidas pela lei brasileira, incluem servidão por dívida e trabalho que viola a dignidade humana.

A fábrica estava sendo construída na cidade de Camaçari, no nordeste do Brasil.

Estava previsto que ela entrasse em operação em março de 2025 e seria a primeira fábrica de veículos elétricos da BYD fora da Ásia.

A BYD, abreviação de Build Your Dreams, é uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo. Em abril, superou as vendas da Tesla de Elon Musk na Europa pela primeira vez, de acordo com a empresa de pesquisa da indústria automobilística Jato Dynamics.

A empresa busca aumentar sua presença no Brasil, que é seu maior mercado externo.

A empresa abriu sua primeira fábrica em São Paulo em 2015, produzindo chassis para ônibus elétricos