Advogado do Prerrogativas assume defesa de chefe da Abin e nega crime
- Mega Fato
- 3 de jul.
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Bruno Salles afirma que relatório da PF isenta Luiz Fernando Corrêa no caso da chamada “Abin Paralela” e pede arquivamento da investigação

Um dos coordenadores do grupo Prerrogativas, o advogado criminalista Bruno Salles, assumiu a defesa do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, indiciado pela Polícia Federal no caso da chamada "Abin Paralela". Ele vai atuar em conjunto com o advogado Pedro Almeida Castro.
O grupo Prerrogativas ganhou destaque por defender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ações da Lava Jato e, atualmente, mantém também uma interlocução próxima com o Palácio do Planalto.
A defesa de Corrêa vai pedir o arquivamento do inquérito, alegando que não há elementos que sustentem as acusações contra o atual chefe da Abin.
“Estamos pedindo o acesso aos autos para ter acesso à completitude das provas, mas o próprio relatório da Polícia Federal deixa clara a inexistência de crime”, afirmou Salles à CNN.
Fontes com trânsito no Planalto avaliam que não haveria lógica política em comprometer as investigações dos fatos ocorridos durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Corrêa, segundo essas mesmas fontes, assumiu o comando da Abin já em meio às apurações sobre o uso do software de monitoramento First Mile, desativado em 2021.
Ainda de acordo com aliados no governo, Corrêa tem a confiança do presidente Lula e é considerado uma referência no PT para temas de segurança pública.
Corrêa foi indiciado por três crimes: embaraço à investigação de organização criminosa, prevaricação e coação no curso do processo. A estratégia jurídica será argumentar que o diretor apenas atuou para evitar o vazamento de nomes de agentes, o que justificaria o pedido de desmembramento dos autos.
Com histórico ligado à segurança pública, Luiz Fernando Corrêa foi diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2010, indicado por Lula, e também ocupou o cargo de secretário nacional de Segurança Pública entre 2003 e 2006. Corrêa é avaliado por fontes como uma referência no PT para temas de segurança pública.







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